Escola Municipal João Brazil, Niterói (RJ): Nosso compositor

sábado, 31 de outubro de 2009

Nosso compositor

O Zé Carlos funcionário da escola todos conhecem... Mas o compositor Carlinhos, como é conhecido no bairro onde mora, nem todos! Esta semana ele apresentou a composição que concorre ao Carnaval de 2010 do G. R. E. S. Souza Soares, feita em parceria com outros autores e cujo tema é sobre a heroína Maria Quitéria. O vídeo traz a música gravada com a imagem de duas crianças batendo lata, representando, segundo ele, as próprias raízes da escola de samba da comunidade. Zé Carlos avisa que os ensaios do próximo Carnaval e da escolha do samba acontecem aos domingos a partir das 18 horas, e que o presidente Gran Bel convida todos para participar. Agora, aumente o volume das caixas de som e curta o samba de primeira!

Maria Quitéria, nasceu
Lá na Bahia
Uma grande baluarte
Decidida sim, de fato
Uma grande cidadã

Com seu ideal de liberdade
Lutou contra a invasão
Predestinada a cumprir a sua missão
Fez o que mandou seu coração

E assim incorporou-se ao regimento
E com grande determinação
Ela fez valer sua bravura
Com grande desenvoltura
Para defender sua nação

Maria Quitéria
Soldado Medeiros
Num corpo de mulher
Não ouviu a rosa
Menina teimosa
Faz da vida o que ela quer (Bis)

O povo lutava
Defendendo a soberania nacional
E hoje, muitos jovens seguem seus passos
Nas forças armadas mundial
A souza Soares vem homenagear
Maria Quitéria, mulher, mulher
Condecorada por D. Pedro
Foi perdoada pelo pai

Não quero guerra, só quero paz
Tanta violência, não aguento mais
Ser o soldado da paz
É a minha bandeira
Salve a pátria brasileira (Refrão)

G.R.E.S. Souza Soares - Carnaval 2010.
Presidente: Gran Bel Nascimento.
Diretor de Carnaval: Celso Tropical.
Carnavalesco: Chico.
Tema: Maria Quitéria de Jesus o soldado Medeiros.
Compositores: Xexa, Carlinhos P., Carlinhos Santa Rosa, Serginho Ubiratan.
Intérpretes: Bahia, Carlinhos Santa Rosa, Fábio Rosa.

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O terreno onde fica a escola pertenceu ao dr. Raul de Castro Alves, que fazia divisa com a fazenda do dr. Francisco da Cruz Nunes e a fazenda do Pau Ferro. Esse local transformou-se no loteamento Bento Pestana. A prefeitura ganhou uma área para construir uma escola e pelo decreto nº 2788/77 criou a E. M. João Brazil, inaugurada no dia 10 de maio de 1977, apesar da construção começar em 1976, sendo na época prefeito de Niterói o dr. Ronaldo Fabrício e o secretário de educação e cultura o professor Helter Barcellos. Em 1977 o prefeito era o professor Wellington Moreira Franco. A escola teve as seguintes diretoras:
Rose Mary Barcelos Alves, em 1977.
Laura da Mata Abranches, de 1978 a 1980.
Bráulia de Albuquerque, de 1981 a 1983.
Ana Maria Rodrigues, de 1984 a 1993.
Maria Cristina Cardozo Paiva, de 1994 a 1997.
Regina Célia Quintanilha de Souza, de 1998 a 2004.
Gleice Silveira da Costa Dantas, de 2005 até hoje.
Atual diretora adjunta: Glória Teresa Pessanha da Conceição.
Fonte: Escolas municipais de Niterói e seus patronos, 1959-2008.

João Brazil, como era conhecido João Pereira da Silva, foi caixeiro, professor, fazendeiro, banqueiro e empresário. Filho de Clara Maria do Nascimento, nasceu em Nova Friburgo, no dia 12 de fevereiro de 1874 e faleceu em Niterói, no dia 6 de maio de 1940. Casado com a professora Magnólia Brazil, tiveram os filhos Zoraida, Rubens, Ilka, Ruth, Zélia, Zuleika e João Brazil Júnior. Batizado como João Pereira da Silva, adotou em 1909, o nome pelo qual se tornaria conhecido.
Trabalhou como caixeiro enquanto estudava as primeiras letras em Macuco. Aos 15 anos, tendo concluído apenas o curso primário, começou a lecionar para quatro alunos particulares, nos fundos da oficina de ferreiro de um irmão mais velho. Pouco tempo depois fundava na fazenda Maravilha sua primeira escola, denominada Nossa Senhora da Conceição. Em 1893 transferiu-se para São Francisco de Paula, contratado para lecionar na fazenda Providência, do coronel Alfredo de Morais. De 1894 a 1898 foi professor público em Lumiar, município de Nova Friburgo. Por essa época conheceu a futura mulher, Magnólia Brazil, com quem casou em 1900. A 12 de outubro de 1902, auxiliado por ela, fundava em Estrada Nova, município de Itaocara, o colégio Brazil, ele mesmo construindo com caixotes as primeiras carteiras e mesas para os 6 únicos alunos que então se matricularam. Da Estrada Nova mudou o colégio para Palmital, também em Itaocara, e daí para Cordeiro, em 1909, onde fundou um banco e um jornal.
Em 1914 instalou-se em Niterói, ocupando uma chácara alugada a João Rodrigues Serrão, na rua Noronha Torrezão. Em 1923 obteve do prefeito Cantidiano Rosa a cessão do antigo palacete do barão de Icaraí, na alameda São Boaventura, onde se achava o Asilo da Velhice Desamparada, e ali funcionaria o Colégio Brazil até se extinguir em 1985. Em 1931 abriu também o colégio Guanabara, associado a Álvaro Moutinho Neiva. Fundou e presidiu em 1926 o Banco Fluminense. Com José Cortes Júnior e José Vitório Bitencourt Júnior adquiriu em Santa Maria Madalena a fazenda Santa Bárbara, vendendo pouco depois sua parte aos dois sócios. Lançou em 1932 o jornal O Estudante, órgão de alunos do colégio Brazil. Fez parte da sociedade que reorganizou em 1932 o conservatório de Música de Niterói e da comissão que no ano seguinte reformou a matriz de São Lourenço. Associou-se aos fundadores da rádio clube Fluminense em 1935. Em 1936 candidatou-se a vereador, mas não foi eleito.
É patrono da cadeira 21 da Academia Itacoarense de Letras. É patrono de escolas, ruas, biblioteca, grêmio literário e Academia de Letras, em Niterói e em vários municípios do estado do Rio de Janeiro.
Fonte: Escolas Municipais de Niterói e seus patronos, 1959-2008.